Exemplo de Fluxograma em 5 Formatos – Modelo de Fluxograma

Tempo de leitura: 13 minutos

Exemplo de fluxograma – cortesia da casa

curso gestão de processos, riscos, controles e indicadoresSem dúvida apresentar um exemplo de fluxograma em 5 formatos é uma missão difícil.

Ainda assim, eu decidi dar este presente aos meus leitores.

Enquanto a gestão de processos cada vez ganha mais espaço no mercado, o mapa de processos se torna uma ferramenta cotidiana.

Este mapa normalmente é chamado de fluxograma, um diagrama que apresenta o fluxo do processo.

Dessa forma conhecer um modelo de fluxograma pode ser muito útil para você.

Ver um exemplo de fluxograma pode ajudar você a criar o seu, por isto leia o post até o fim!

De fato, como todo diagrama, os fluxogramas possuem regras para seu desenvolvimento.

As regras escolhidas para a criação do fluxo do processo vão definir o formato dele.

Assim, decidi apresentar neste post um exemplo de fluxograma em diversos formatos.

O intuito é que você compreenda quando um modelo de fluxograma pode ser melhor do que outro.

Desse modo você conseguirá tomar a melhor decisão quanto ao modelo que utilizará nos seus trabalhos.

Em primeiro lugar, vamos entender a utilidade de um fluxograma e em seguida como escolher um modelo.

Exemplo de fluxograma – processos são a base

Certamente tudo no universo funciona com base em processos. Sejam processos químicos, judiciais ou de negócios, processos estão em todo lugar.

Provavelmente um dos exemplos mais clássicos é cozinhar, por isso veja a imagem abaixo.

exemplo de fluxograma

Com estes ingredientes é possível elaborar diversos pratos diferentes. A sequência, seleção e o modo de preparo dos ingredientes é que vai definir o resultado final.

Assim, este resultado é o que chamamos de produto, ele é o objetivo do processo existir.

Já as ações executadas para a produção do resultado são as atividades do processos. E o fluxo do processo? Ele é a ordem em que as ações são executadas!

Dessa forma fica claro que a ordem de execução das atividades, pode alterar completamente o resultado do processo.

Igualmente a lógica processual se aplica nas empresas, o que permite a elas entregar produtos e serviços.

Quando olhamos, por exemplo, uma linha de montagem automotiva, percebemos como ela é organizada de forma que o processo siga o fluxo mais eficiente possível.

Provavelmente o resultado não seria bom se a ordem de montagem de alguns destes itens fosse alterada.

Os dois exemplos acima são focados em atividades de produção, mas os processos tem aplicações administrativas também.

Assim, atividades como comprar, vender, divulgar, contratar, demitir e planejar se estruturam em processos.

Por isto otimizar processos é uma das chaves para criar vantagens competitivas.

Exemplo de fluxograma – para que servem os fluxogramas

De fato, algumas atividades que compõem um processo podem ser ordenadas de maneira diferente.

Em outros casos algumas atividades precisam ser incluídas e outras podem ou precisam ser eliminadas.

Eventos diversos fazem com que os processos precisem ser reestruturados, como por exemplo:

  • Exigências regulamentares;
  • Avanço tecnológico;
  • Alteração no portfólio de produtos/serviços;
  • Fraudes e/ou identificação de perdas;

Agora imagine-se num cenário em que na sua empresa alguns processos obsoletos tem ocasionado redução da lucratividade ou exposição dos ativos.

Você precisa analisar os processos e identificar que atividades devem ser melhoradas. Para realizar esta análise, qual ferramenta é mais adequada?

Um manual com processos, um POP ou instrução de trabalho são ótimas ferramentas. No entanto o objetivo delas é padronizar processos.

Quando se fala em análise de processos, os fluxogramas ainda são as melhores ferramentas disponíveis.

Infelizmente ainda existe algum preconceito quanto aos fluxogramas. Muitos não vêem valor na existência destas ferramentas tão importantes.

Isto talvez ocorra porque alguns profissionais de processos pensam que ao desenhar o fluxo o trabalho já está concluído.

Já ouvi comentários de vários profissionais que insistem que praticam a gestão de processos porque desenham fluxogramas.

Não poderiam estar mais errados. Como você pode ver neste post, a gestão de processos é muito mais ampla do que o desenho de um fluxograma.

Se você quiser aprofundar seu conhecimento sobre Gestão de Processos recomendo que conheça o conteúdo do nosso curso.

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Exemplo de fluxograma – Escolhendo uma notação

Fazer o diagrama do processo simplesmente por fazer, não gera nenhum valor para o negócio.

Estes mapas devem apontar com clareza quais os drivers de geração de riqueza e como eles podem ser maximizados.

Se não for assim o mapeamento de processos vira uma burocracia indesejada ao invés de uma ferramenta para ganho de eficiência.

Aproveito para afirmar mais uma vez gestão de processos vai muito além do desenho dos processos.

Certamente uma rápida pesquisa no Google sobre como construir fluxogramas vai apresentar diversos modelos.

A diferença entre um modelo e outro normalmente é a notação escolhida pelo criador do diagrama.

Assim, existem diversas notações no mercado e a escolha entre elas normalmente depende da finalidade do fluxo.

De fato, em vários casos o profissional de processos conhece apenas uma ou duas notações.

No entanto, isto não é um problema, pois a maioria das demandas podem ser atendidas com apenas uma notação.

Assim, veja abaixo alguns exemplos de notações (todos os fluxos foram desenhados no Microsoft Visio).

Antes de prosseguir, que tal dar uma ajuda para produzirmos ainda mais?

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Exemplo de fluxograma – Redes Petri:

As redes Petri são ferramentas muito utilizadas no mundo da TI.

Desse modo, se você estudou computação ou ao menos deu uma lida sobre teoria dos grafos deve conhecê-la.

Com um destes simpáticos diagramas é possível apresentar a composição lógica de um processo.

Basicamente uma rede Petri é composta de Transições (quadriláteros) e Posições (círculos).

Antes de tudo, dois conceitos importantes são: Token e Disparo.

Simplificando para a visão de negócios o Token se refere ao fluxo da atividade.

Ele é representado normalmente como pontinhos dentro de uma posição.

Assim, cada Token é um pontinho. Disparo se refere a ação que faz com que um Token (pontinho) passe de uma posição até outra por meio de uma transição.

Ou seja, o disparo da transição faz com que os tokens sejam consumidos.

Desse modo a regra básica é: Uma transição só pode ser conectada a uma posição e vice-versa. Nunca um símbolo igual se conecta com outro.

Assim os tokens navegam dentro da rede conforme o fluxo casual das possibilidades.

Você pode simplesmente começar a simular diversos cenários olhando para uma rede dessas!

Se você trabalha com sistemas de gestão, esta notação pode ser uma ótima opção.

Veja o exemplo de fluxograma em formato de Rede Petri que elaborei para o subprocesso de “emissão de relatório de vendas”:

exemplo de fluxograma

Antes de tudo, comenta no fim do post se você gostou desse exemplo de fluxograma!

Exemplo de fluxograma – BPMN:

O BPMN é possivelmente a notação mais utilizada no momento no que se refere a processos de negócios.

Além de muito adaptável, a notação consegue atender um nível de detalhamento elevado.

Desse modo, quando os componentes da notação são utilizados corretamente, o resultado é um fluxo enxuto e com alto potencial analítico.

Por outro lado, é possível afirmar que o BPMN não tem em sua origem padrões para a identificação de riscos e controles.

Além disto, a grande quantidade de símbolos e combinações possíveis torna a notação complexa para leigos.

Por fim, vamos conhecer os componentes principais desta notação:

  • Objetos de fluxo:
    1. Eventos: início, intermediário e fim. Os eventos se assemelham aos terminadores comuns na elaboração dos fluxogramas;
    2. Atividades: equivalem aos retângulos utilizados para descrever as atividades na elaboração de fluxogramas;
    3. Gateways: direcionadores de fluxo em formato de losango;
  • Objetos de conexão:
    1. Fluxo de sequência: indica a direção do fluxo, a sequência lógica das atividades;
    2. Fluxo de mensagem: indica a ligação entre receptor e emissor de mensagens no processo;
    3. Associação: associa os textos e artefatos aos objetos de fluxo;

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  • Swim lanes:
    1. Pool: pode representar toda a empresa ou um setor, vai depender do nível de desdobramento do processo;
    2. Lane: a fragmentação de uma pool. Se por exemplo a pool for o setor de vendas, o analista de vendas é uma lane e o gerente de vendas outra;
  • Artefatos:
    1. Objetos de dados: objetos elaborados pelas atividades do fluxo. Se conectam as atividades por meio de associações;
    2. Grupo: associação de várias atividades em um fluxo. Pode representar um subprocesso “aberto” dentro de um processo;
    3. Anotação: como diz o nome, são notas que detalham a atividade modelada no fluxograma.

Tente identificar alguns destes elementos no exemplo de fluxograma abaixo.

exemplo de fluxograma

Para saber mais acesse: http://www.bpmn.org/ e faça nosso curso gratuito de mapeamento de processos.

Exemplo de fluxograma – EPC:

A notação EPC é simples e por vezes é confundida com os modelos comuns de fluxogramas.

Certamente a diferença da EPC está na organização do fluxo por meio de componentes ativos e passivos.

Os eventos são os componentes passivos e as funções os ativos. Outros componentes importantes são:

  • Unidade de negócios: referenciam o setor ou a pessoa (em maior nível de detalhamento) que executa as funções.
  • Conectores lógicos: os conectores usam a lógica E, OU e XOR (obrigatoriamente um resultado é positivo e o outro negativo).

Você pode ver no exemplo de fluxograma abaixo que a função “revisar relatório de vendas” gera dois eventos potenciais.

exemplo de fluxograma

Estes eventos (relatório aprovado ou reprovado) são eventos oriundos da função “revisar relatório de vendas” por meio de uma conexão lógica “ou”.

Uma das vantagens de se utilizar a EPC, é ter um detalhamento maior dos eventos que iniciam e encerram as atividades em um processo.

De fato, entender estes eventos e interferir neles pode otimizar os processos.

Exemplo de fluxograma – IDEF0:

A notação IDEF0 parece bem assustadora a princípio, mas superadas as dúvidas iniciais se torna uma excelente ferramenta.

Sem dúvida ela tem como ponto forte o detalhamento da operação e a simplificação da análise.

Assim, vamos à descrição dos principais componentes da IDEF0:

  • Retângulo: representa a atividade (no original o termo usado é “função”) em execução;
  • Seta entrando na parte superior do retângulo: Controles que exercem influência sobre a atividade. Podem ser normas, especificações, revisões etc;
  • Seta entrando na parte inferior do retângulo: Mecanismos utilizados para a execução da atividade. Podem ser sistemas, pessoas, máquinas, etc;
  • Seta entrando na esquerda do retângulo: São as entradas (inputs) que a atividade processará e transformará em uma saída (output);
  • Seta saindo na direita do retângulo: São as saídas resultantes da atividade executada. São o produto do processamento;
  • : São legendas inseridas em retângulos “pai”. Os nós indicam que retângulos serão decompostos para maior detalhamento.

Enquanto olha para o exemplo de fluxograma em IDEF0 apresentado abaixo, tente identificar estes elementos.

exemplo de fluxograma

Comparando com o diagrama de Redes Petri, o IDEF0 tem a vantagem de detalhar o desenho do diagrama e a tipificação dos componentes que atuam sobre as atividades.

Gostou deste exemplo de fluxograma? A capacidade de análise do processo ao se utilizar esta notação aumenta muito.

Exemplo de fluxograma – Personalizado

No nosso curso de Gestão de Processos, Riscos, Controles e Indicadores utilizamos esta notação híbrida.

exemplo de fluxograma

Sem dúvida ela torna o processo fácil de ler enquanto mantém um altíssimo nível de detalhamento analítico.

Além disto ela permite identificar oportunidades de melhoriariscos e controles no desenho do processo.

Enquanto se decide, veja no vídeo abaixo uma breve apresentação dela.

No exemplo de fluxograma deste post, identifiquei apenas um risco, um controle e uma oportunidade de melhoria, mas existem outros.

Quer aprender como realizar esta análise e identificar riscos e controles?

Além disso, você quer criar seu próprio Stencil do Visio e desenvolver uma notação que atende suas necessidades?

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Exemplo de fluxograma – Estude e domine a técnica

Você também pode criar um modelo de notação, mas é recomendável dominar ao menos um dos modelos de notação amplamente difundidos.

Certamente isto vai aumentar a possibilidade de conseguir seu espaço no mercado de trabalho na área de processos e em consultorias.

Dentre as opções que apresentei acima, o exemplo de fluxograma híbrido apresentado no curso é minha recomendação.

Sem dúvida ele é uma das notações mais simples e completas para criação de fluxogramas.

Assim, dentre os outros modelos de fluxograma eu recomendo o BPMN.

Ele é a ferramenta mais utilizada atualmente para mapeamento de processos de negócios.

Além destas notações existem outras, como é o caso da SPEM, que são bastante utilizadas.

Dessa forma, independentemente da sua escolha, se dedique a dominar a técnica e aprofunde seu conhecimento nela.

Gostou deste artigo?

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Aproveita e comenta ali embaixo o que achou do artigo!

E antes que perguntem, SIM, deu muito trabalho fazer este post, então comentem e compartilhem aí que vem mais material bom 🙂

8 Comentários


  1. Excelente o post. Estou terminando de formular um treinamento sobre BPM e utilizei seus modelos como base para mostrar a diferença das notações. Espero que venham ótimos posts como esse em breve!

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  2. Excelente post. muito esclarecedor. Estou formulando o projeto no curso de Ciências Contábeis nesta área e foi agregador está matéria.

    Responder

    1. Oi Isabel. Muito obrigado pelo comentário. O tema de gestão de processos é abordado em várias áreas do conhecimento, como administração, contábeis, engenharia e direito. Espero que lhe ajude bastante!

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  3. Obrigado por esse post fantástico. Nunca tinha ouvido falar dessas notações além do bpmn e entender um pouco mais delas abre bastante a mente. Fluxograma é um negócio muito útil para entender bem um processo. Parabéns pelo curso também.

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    1. Opa, valeu Alan. Fluxogramas são ferramentas essenciais para empresas que desejam entender a forma como geram valor e que buscam se tornar mais competitivas. O curso está tendo uma ótima aceitação tanto online quanto presencial. Eu só posso agradecer o apoio de todos os alunos. Muito obrigado mesmo.

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  4. Excelente este post……. as empresas ainda possuem muita resistência a este trabalho que é fundamental para o seu sucesso…….

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